segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
E foi assim a Festa de Natal...
Desta vez a Festa de Natal foi de todo o Agrupamento Escolar, contando com a presença dos mais pequeninos do Jardim de Infância, 1º ciclo e com os jovens do 2º e 3º ciclos.
A mesma realizou-se no pavilhão desportivo da nossa escola que contou com mais de 1000 pessoas.
Foi um momento de harmonia e confraternização, conseguido através da apresentação de músicas, danças e peças de teatro.
Os alunos da nossa escola (E.B.2,3 Moinhos da Arroja) foram ensaiados pelos professores de Educação Musical (Joaquina Yum, Alcino Cabral e Teresa Ferreira) e apresentaram da melhor forma o seu trabalho.
Os alunos e professores tiveram que "improvisar" e o seu esforço foi redobrado na tentativa de se entender a musicalidade, que por momentos foi impossível devido à péssima acústica que o pavilhão apresenta.
A rua da nossa Escola tem o nome de um Músico Português: Fernando Lopes Graça
Biografia
Nasceu em Tomar a 17 de Dezembro de 1906. Apenas com 14 anos, começou a trabalhar como pianista no Cine-Teatro de Tomar, procedendo ele próprio aos "arranjos" dos trechos que interpretava, tocando peças de Debussy e de compositores russos contemporâneos. Na época, competiam em Tomar as duas bandas rivais: Gualdim Pais e a Nabantina.
Em 1923, frequenta o Curso Superior do Conservatório de Lisboa, tendo como professores: Adriano Meira (Curso Superior de Piano), Tomás Borba (Composição) e Luís de Freitas Branco (Ciências Musicais); em 1927, frequenta a Classe de Virtuosidade, onde tem como professor o maior pianista português de todos os tempos: Mestre Vianna da Motta (antigo aluno de Liszt).
Em 1928, frequentaria também o curso de Ciências Históricas e Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa, que viria a abandonar em 1931, em protesto contra a repressão a uma greve académica.
Entretanto, funda em Tomar o semanário republicano "A Acção".
Em 1931, conclui o Curso Superior de Composição com a mais alta classificação, concorrendo de seguida a professor do Conservatório, em piano e solfejo, o que lhe viria a ser vedado devido à sua oposição ao regime político, sendo inclusivamente preso e desterrado para Alpiarça.
Leccionaria na Academia de Música de Coimbra, vindo a colaborar na Revista Presença, um dos esteios da poesia em Portugal.
Em 1937 ganha uma bolsa de estudo para Paris, a qual contudo lhe seria igualmente recusada por motivos políticos. Não obstante, decide partir para França por conta própria, aproveitando para ampliar os seus conhecimentos musicais, estudando Composição e Orquestração com Koechlin.
É autor de uma vasta obra literária incidente em reflexões sobre a música portuguesa e a música do seu tempo, mas maior ainda é a sua obra musical, da qual são assinaláveis os concertos para piano e orquestra, as inúmeras obras corais de inspiração folclórica nacional, o Requiem pelas Vítimas do Fascismo (1979), o concerto para violoncelo encomendado e estreado por Rostropovich, e a vastíssima obra para piano, nomeadamente as seis sonatas que constituem um marco na história da música pianística portuguesa do século XX, etc.
Hoje em dia existe uma escola com o seu nome situada na Parede - a Escola Secundária Fernando Lopes Graça.
Em Tomar a casa onde nasceu o compositor foi transformada no Museu Fernando Lopes-Graça para homenagear a sua obra e o seu exemplo cívico.
Obras Literárias:
* Disto e Daquilo
* A Música Portuguesa e os seus Problemas
* Cartas com Alguma Moral
* A caça aos coelhos e outros escritos polémicos
* Ensaios Musicológicos
* Diário (quase)
* Reflexões sobre Música
* Opúsculos I, Opúsculos II, Opúsculos III
* Música e Músicos Modernos
* Talia, Euterpe & Terpsicore
* A Canção Popular Portuguesa
* Musicália
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